23-2-2010

que amor nao me engana

que amor nao me engana
coa sua brandura
se de antiga chama
mal vive a amargura

duma mancha negra
duma pedra escura
que amor nao se entrega
na noite vacia

e as vozes embarcan
num silencio aflito
quanto mais se apartan
mais se ouve o seu grito

muito a flor das augas
noite marinheira
vem de vagarinho
para minha beira

em novas coutadas
junto de uma hera
nascem flores bermelhas
pela primavera

assim tu souberas
irma cotovia
dizer-me se esperas
pelo nascer do dia

jose afonso

un vintetres de febreiro
do ano oitentesete
deixabanos o gran cantor